Rizzo

Regional Goiás realiza projeto na Biblioteca e RU

Por weberson dias. Em 06/03/17 20:16. Atualizada em 07/03/17 19:19.

Um grupo de professores da Regional Goiás da UFG e instituições parceiras estão trabalhando em um projeto de intervenção para a área onde está localizada a nova Biblioteca e o Restaurante Universitário da Regional. O projeto visa levantar memórias sobre o antigo Horto Botânico, que teria existido no século XVIII numa extensão que vai do Largo da Igreja da Boa Morte até a região do Hotel Vila Boa.

Na manhã desta segunda, dia 6, as professoras envolvidas no projeto, Maria Meire de Carvalho, Camila Gomes, Ariane Borges, da UFG, e o professor parceiro, Uelinton Rodrigues, do curso de Geografia da Universidade Estadual de Goiás (UEG), visitaram O professor emérito e diretor da Unidade de Conservação da UFG (Herbário), José Ângelo Rizzo. Na oportunidade, apresentaram os projetos, pediram apoio e trocaram novos aprendizados. Rizzo demonstrou entusiasmo e se colocou à disposição dos projetos. O grupo deve fazer outras visitas para enriquecer os trabalhos.

Rizzo

Segundo a professora Maria Meire de Carvalho, a ideia iniciou em agosto de 2016, a partir de inquietações sobre a suposta existência do Horto Botânico na antiga Vila Boa. “A partir disso, o grupo começou a discutir o projeto e fazer o levantando documental, que tem a preocupação e a responsabilidade de contribuir com a preservação e memória da história local. A intervenção será nas imediações da Av. Dr. Deusdete Ferreira e as ruas que circundam a Biblioteca e o Restaurante Universitário da UFG na Rua do Horto”, afirmou.

 

Projetos

Conforme informações das equipes, dois projetos “guarda-chuvas” foram elaborados. O primeiro projeto “Patrimônio e paisagem: desvelando memórias e representações sobre o território cerratense e horto botânico” é coordenado pela professora do curso de Serviço Social, Maria Meire de Carvalho. “O projeto vai buscar através de entrevistas e rodas de conversa, recolher relatos orais na comunidade local, principalmente do entorno e moradores da terceira idade para entendermos que memória é esta que ficou sobre o horto botânico e suas ressignificações em Vila Boa”, explicou a professora.

Coordenado pela professora de Arquitetura e Urbanismo, Camila Gomes, “Expedições: caminhos a dentro e caminhos afora” é o segundo projeto e prevê realizar expedições para conhecer a vegetação nativa cerratense.. “Vamos pensar expedições no território vilaboense e, posteriormente, incorporar o que os viajantes falam destes lugares e que tipo de vegetação foram relatadas pelos viajantes do século XIX, por exemplo. Queremos conhecer melhor o território, principalmente a Serra Dourada”, afirmou ela, destacando que o material produzido será utilizado pela comunidade local.

 

Outro projetos

Os dois projetos “guarda-chuvas” explicados acima serão desdobrados em outros quatro subprojetos de extensão, já em andamento. Um deles é “Revelando Becos e trilhas: expressões e representações da paisagem cerratense”, que tem a frente a também professora de Arquitetura e Urbanismo, Ariane Borges. A ideia é representar o que seria nos dias de hoje essa infraestrutura verde, que alguns moradores consideram como uma possível área do horto. “Vamos trabalhar com as representações gráficas mais significativas do entorno do horto, trazendo referências da paisagem especialmente que identifiquem espécies da vegetação existente no bioma cerrado. Daremos visibilidade também aos aspectos da paisagem urbana, da região próximo a nova biblioteca. Posteriormente, seguiremos para um raio maior, ampliando esta paisagem, sempre com o enfoque na representação”, assegurou Borges. Segundo a professora, também serão realizadas pelo grupo oficinas de desenho, apresentando técnicas de desenho e técnicas de percepção do espaço, e, futuramente, exposições dos desenhos e publicação de artigos e livros.

O segundo projeto “Sobre casas, quintais e jardins: (re) descobrindo o horto vilaboense” está sendo encabeçado pela também professora de Arquitetura e Urbanismo, Karine Oliveira. De acordo com ela, a principal intenção é entender como se deu a ocupação urbana na área e mapear a provável localização do Horto na malha urbana da Vila Boa do século XIX. “O horto é um elemento muito presente na estrutura urbana, pois sempre fazem referência. Por isso é importante localizar sua área exata, mesmo a população ocupando, desocupando, reocupando a área. Assim, o projeto vai conhecer o potencial arquelógico da região e trazer valiosas informações com potencial para elaboração até mesmo de uma carta arqueológica e mapas das camadas de ocupação”, adiantou.

O terceiro é “Memórias e imaginário: trilhando as ramadas do Horto Botânico”, também sob a responsabilidade da professora Maria Meire de Carvalho. O quarto, “Expedições: caminhos a dentro no Horto Botânico” é de responsabilidade da professora Camila Gomes.

 

Parceria

A Universidade Estadual de Goiás (UEG), o Instituto Federal de Goiás (IFG), o Museu das Bandeiras (MuBan), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), bem como da Fundação Educacional da Cidade de Goiás – Casa Frei Simão Dorvi. Outras parcerias foram firmadas com cursos da UFG Regional Goiânia, artistas plásticos, além de arquivos públicos e privados.

 

Fonte: Weberson Dias

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