G-SEX

G-SEX realiza atividade durante Carnaval 2017

Por weberson dias. Em 23/02/17 11:59.

Durante o Carnaval, feministas e ativistas do Grupo de Estudos, Pesquisa, Extensão e Cultura Gênero, Direitos e Sexualidade (G-SEX) da Regional Goiás da UFG realizam uma atividade no Bloco Não é Não. A ideia é exigir que as mulheres sejam respeitadas pelos foliões a partir de práticas de consentimento. Para expressar a ideia do Bloco, foram realizadas oficinas de Stencil de camisetas com os dizeres do bloco “Não é não!”. De acordo com a coordenadora interna do G-SEX, professora Maria Meire de Carvalho, trata-se de um Projeto de Extensão e Cultura, que tem como objetivo mobilizar os foliões para a defesa do respeito ao corpo feminino no momento da folia e envolvendo, dessa forma, a comunidade nas discussões de gênero, sexualidade e direitos.

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A coordenadora externa do projeto é a psicóloga, Cida Alves, também ativista dos direitos da mulher. Segundo ela, o grupo tomará as ruas para afirmar nossa presença enquanto corpo feminino. “Defendemos a festa e a alegria de uma tradicional festa cultural, mas é importante trabalhar com a ideia central de consentimento, já que temos como mulher direito a nosso corpo, liberdade e respeito. O bloco fará a defesa da autonomia do desejo feminino, já que não queremos ser usadas como objeto do desejo do outro”, afirmou. Entre as participantes está a professora Ionara Rabelo, que acredita que o bloco traz uma mudança de paradigma na comunidade vilaboense. “Vamos mostrar a mulher tem a liberdade de colocar o corpo no espaço público da forma que ela quiser. Se eu dizer ‘sim’, que legal que dá pra gente conversar! Agora, se eu disser não, não é não e dá pra gente parar por aí! E que o incentivo ao respeito e a comunicação entre as pessoas seja algo constante no carnaval e na vida cotidiana”, expôs.

 

Reverberando

A bibliotecária Esdra Basílio é a representante dos técnicos administrativos da Regional no bloco, para quem o bloco é uma inovação em Vila Boa. “Será um marco e nosso bloco veio pra ficar. Nós, mulheres, estamos nos unindo para mostrar pra toda a sociedade que merecemos respeito. Não pedimos respeito, exigimos respeito”, pontuou.

 

Entre as estudantes, a ideia de realizar o stencil de camisetas foi muito bem aceito. Quem teve a iniciativa foi a estudante de Serviço social, Gabrielly Correia. “Íamos fazer apenas uma concentração, mas com a ideia, todo mundo gostou e está dando muito certo. Estou muito feliz!”, lembrou.

 

Laura Mendonça, estudante de Direito, avalia o projeto como uma forma de transpor os muros da universidade e Fazer intervenções na cidade dialogando com a comunidade local. “Queremos mostrar que piada e cantada machista é assédio e que não porque é carnaval tudo é permitido ,não é não. Tem q respeitar as mulheres, principalmente em Goiás que tem um resquício muito forte de machismo e a gente é resistência e alkém de nos unir será uma forma de lutar contra o machismo no carnaval”, disse.

 

Para Amanda Leal, também do Direito, as mulheres vão as ruas para contrapor a sexualização da mulher no carnaval, especialmente da mulher negra. “Queremos a emancipação da mulher, com a proposta de gritar nessa cidade impondo o respeito que nos é merecido enquanto mulheres no carnaval, na rua e em todos os lugares”, finalizou.

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Fonte: Weberson Dias

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